O Uber popularizou o carro como meio de transporte, antes completamente restrito a quem possuía um veículo ou utilizava táxi - com bem menos frequência que se utiliza o Uber atualmente.
Enquanto isso o Airbnb transformou a relação de viagem e hospedagem, fazendo as pessoas se sentirem em casa, vivendo como um nativo local, com uma hospedagem menos formal, sem precisar cumprir protocolos de hotel ou pagar por serviços como café da manhã - e consequentemente, com custo reduzido.
As mais recentes mudanças nas formas de consumo podem ser resumidas de maneira breve por meio desses dois serviços. Empresas com propostas completamente diferentes, mas que atendem as expectativas muito parecidas.
Mas o que isso tem a ver com o setor imobiliário? Os imóveis não passaram ilesos pela transformação na forma como as pessoas estão consumindo e vivendo experiências.
Apresentamos aqui a partir das percepções da Incorpore algumas mudanças que já observamos e outras que há algum tempo temos incorporado aos nossos propósitos.
O que as pessoas estão buscando nas novas moradias?
Para responder, precisamos primeiro entender que a geração de pessoas nascidas entre 1980 e 1995, os millennials, alcançaram a idade em que as gerações anteriores adquiriam imóveis.
Atualmente, segundo o IBGE, 30% da população são millennials e, dentro de alguns anos, eles vão representar a principal força no mercado de trabalho.
Enquanto apenas 40% dos millennials de outros países acreditam que ter um imóvel é necessário, no Brasil esse percentual é de 89%.
O que reflete um comportamento bastante particular e não homogêneo dessa geração.
Até 2030, o crescimento de novas famílias deve gerar uma demanda de mais de 30 milhões de moradias. Informações suficientes para que o setor de construção comece a gerar ofertas atendendo ao perfil desse consumidor.
Então, o que os millennials brasileiros querem?
Compartilhamos abaixo informações com base no que temos vivido e projetado para os próximos anos, somado as visões de consultorias e estudos sobre o assunto.
Espaço para se expressar
Lembra quando o sucesso era medido pelos bens como carro e imóveis? Este cenário ficou para trás. Transmitir status através da moradia não é uma ambição dos millennials.
Por outro lado, as pessoas estão buscando imóveis onde elas possam colocar seus costumes em prática e se expressar por meio dos espaços.
O que passa a ser valorizado é ter a possibilidade de escolher a dimensão dos quartos, áreas comuns e estrutura interna no geral, afinal, é a parte onde as pessoas realmente vão ocupar.
O trabalho continua sendo super valorizado, mas não a ponto de trocar horas de qualidade dentro de casa por jornadas sem hora para acabar no escritório.
Vale até trazer trabalho para casa, contanto que as horas trabalhadas permitam um pouco mais de conforto dentro do lar.
Dessa forma, na busca por espaços para se sentirem mais livres, mesmo casas no mesmo condomínio podem ter estrutura interna completamente diferentes uma das outras.
Tudo vai depender da prioridade de cada morador.
Desburocratização
O momento de compra e até de locação de imóveis costuma envolver muita documentação, protocolos e burocracias.
A expectativa, no entanto, é que os canais digitais passem a simplificar e agilizar essas demandas, oferecendo a possibilidade de realizar diversas dessas tarefas online.
Além disso, com o número de pessoas online e com cada vez mais equipamentos conectados à internet, o setor de construção pode conhecer melhor o consumidor e utilizar informações para oferecer produtos personalizados de acordo com cada perfil.
Sustentabilidade
A tecnologia também passa a ser uma importante aliada da sustentabilidade. Com uma preocupação cada vez mais presente acerca do tema, a tecnologia deve começar a ser utilizada para controlar consumo de água e energia.
A coleta e o reaproveitamento do lixo também devem contar com a tecnologia para serem feitas de maneira mais prática e eficiente.
Outro fator diretamente relacionado ao uso consciente de recursos é o consumo de alimentos orgânicos dentro dos empreendimentos.
Dessa forma, novos condomínios já começaram a atender a demanda de hortas compartilhadas na estrutura, oferecendo uma oportunidade que até poucos anos era impensável para moradores que residiam em apartamento ou condomínio de casas.
Um aspecto da economia compartilhada, que entre tantas coisas, entrega ao morador o acesso a atividades que antes ele não experimentava.
O que nos leva ao tópico do compartilhamento.
Compartilhamento como opção
Se antes a compra de bens materiais estava relacionado à posse, hoje a economia compartilhada traz à tona a popularização do consumo como acesso (Uber e Airbnb).
E a horta compartilhada é apenas um sintoma deste novo formato.
Um estudo da Abrainc (Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias) aponta que no futuro, permanecerá uma pressão no aumento de custo do espaço urbano devido a concentração da população nos grandes centros.
Enquanto isso, o incremento no custos de construção foi acompanhado pelo achatamento da renda do consumidor, despertando um alerta por soluções que se adaptem a essa realidade.
Dessa forma, a economia compartilhada propõe mudanças na infraestrutura que se mostram mais interessantes para atender a realidade dos moradores:
- Coworking: com cada vez mais pessoas trabalhando em casa, a ideia de ter um espaço com toda infraestrutura, wi-fi, mesas, cadeiras, onde os moradores podem trabalhar sem sair dos limites do condomínio já está transformando a planta de muitos empreendimentos.
Para muitos moradores já faz mais sentido pagar pela manutenção de um espaço de trabalho compartilhado com os vizinhos do que pagar pela manutenção de espaços comuns como playground e piscinas.
- Lavanderia: a economia do compartilhamento trata também de uma necessidade de adaptação. 65% das pessoas afirmaram estar dispostas a compartilhar espaços como a lavanderia se essa for uma solução para reduzir o custo da construção.
Enquanto isso, 56% topariam compartilhar a vaga de garagem e 49% o escritório.
Medidas que devem ser estudadas pelas construtoras a fim de encontrar uma solução assertiva para o compartilhamento.
Deve-se levar em consideração também a gestão desses espaços, a conveniência e conscientização dos moradores sobre uso compartilhado.
Além disso, é preciso entender se esse realmente é um desejo do público-alvo do empreendimento em questão, pois nem todo mundo está interessado em compartilhar qualquer espaço.
Qualidade de vida
A qualidade de vida sempre foi considerada um dos aspectos principais na escolha da moradia, junto com a localização e proximidade do trabalho.
Agora ela ganha características mais específicas relacionadas ao uso interno e externo dos imóveis. De forma bem particular, famílias têm revisto algumas prioridades para aproveitar oportunidades que visam, justamente, melhorar a rotina.
Por exemplo, o tempo gasto com congestionamentos em grandes centros tem sido repensado por muitas pessoas.
A possibilidade de converter o tempo parado em deslocamento já é uma realidade para muitos moradores que estão buscando imóveis localizados em cidades menores, num raio de mais de 100 quilômetros dos grandes centros.
A boa infraestrutura das vias de acesso, a proximidade com locais estratégicos como supermercado, panificadora, academia, a redução de custos e a possibilidade de viver com mais tranquilidade são levados em consideração nessa hora.
O que a Incorpore está fazendo para atender às novas demandas?
A Incorpore tem sua origem diretamente relacionada à necessidade do mercado imobiliário de uma localização abrangente, mas vista e estudada de forma bem particular por nossa equipe: a área de cinco cidades do interior de São Paulo.
Com a experiência dos profissionais que há anos trabalham no mercado imobiliário, investimos em ideias e empreendimentos que atendem a necessidades bastante reais dos moradores dessas cidades.
Depois de auxiliar mais de 1.700 famílias a adquirir o próprio lar, compreendemos comportamentos e algumas expectativas que ultrapassam tendências:
- Cada família tem a sua própria concepção do que significa morar bem, por isso, mesmo com perfis bastante semelhantes, a aquisição de um imóvel ou lote é sempre uma experiência única.
- Não importa o tamanho do terreno: antes de materializar e construir empreendimentos, em primeiro lugar é sempre necessário avaliar se naquela cidade existe público-alvo. O que funciona em um local X nem sempre vai funcionar num local Y.
- Ao comprar um imóvel, as pessoas vivenciam sensações bastante parecidas. É um misto de animação, incerteza e expectativas sobre o novo lar. Esse misto de sentimentos pode transformar a aquisição numa dor de cabeça ou num dos melhores momentos vividos, tudo vai depender do profissional que vai auxiliar no processo.
- Dá pra facilitar a compra da casa nova sim! E não estamos falando somente da parte financeira. Com base em nossa experiência com tantas famílias, desenvolvemos um método baseado em etapas, que considera planejamento financeiro, o sonho, a materialização das expectativas, a fim de facilitar esse momento e fazer dele o melhor possível.
Por fim, o mercado imobiliário está passando por muitas transformações que já estão impactando a construção de novos empreendimentos.
Empresas e profissionais responsáveis que há anos colocam as necessidades dos moradores em primeiro lugar acompanham essas mudanças de perto e já visualizam muitas coisas acontecendo neste momento.
A Incorpore tem mais de 7 anos de experiência. Construiu e constrói loteamentos, condomínios e imóveis sempre levando em consideração o que cada família considera como morar bem.