Hoje eu vou propor um exercício para você. Ele parece simples e até bobo, mas é realmente eficaz para promover uma reflexão bem prática.
Logo mais, nós chegaremos aos critérios importantes para se considerar na hora de adquirir um imóvel. Mas primeiro, siga as instruções abaixo - elas fazem parte do processo de elencar prioridades.
Imagine que é sexta-feira, você está chegando em casa após o trabalho e seu principal compromisso para o fim de semana é acordar relativamente cedo para limpar a piscina da sua nova moradia.
Depois de tanto desejar e se planejar, você conseguiu compra-lá.
Assim como você, sua família está animada com o novo lar e as crianças estão se divertindo tanto na piscina, que até deixaram os eletrônicos um pouco de lado.
Agora vamos trocar o ambiente.
Após uma semana cansativa, você está no seu apartamento. Nos seus planos, está cozinhar seu prato preferido para você mesmo e depois ler um livro ou assistir um filme.
Com exceção do passeio com o cachorro, seus planos para o fim de semana envolvem aproveitar a tranquilidade do seu ape novinho para descansar.
Agora, chega de imaginar.
Eu fiz este exercício para te mostrar como o conceito de morar bem pode ser diferente para cada pessoa.
A sua ideia de morar bem, inclusive, pode não ser nenhuma das citadas acima.
Diante de pessoas com perfis e necessidades tão diferentes, é possível estabelecer critérios que todo mundo deve levar em consideração na hora de comprar uma casa?
Sim, é possível. Afinal, as pessoas têm aspirações diferentes, mas compartilham muitas coisas em comum.
Se você chegou até aqui, é porque está buscando respostas, informações e orientações para tomar a melhor decisão antes de comprar um imóvel.
E vou te ajudar nesse processo.
A partir de centenas de experiências que tivemos com nossos clientes, compreendemos os principais anseios e elaboramos um método para tornar mais consciente a escolha do próprio lar.
Para isso, é preciso entender um pouco mais sobre o conceito de morar bem:
Morar bem é ter um lar que atende todas as nossas necessidades - aquelas relacionadas a parte interna da casa, mas também aos fatores externos na nossa rotina.
Este conceito faz parte do propósito da Incorpore e guia todas as nossas ações relacionadas a moradia.
Sabendo que nem todas as decisões são exclusivamente racionais - principalmente quando se fala em realização de um sonho - nós vamos começar pelo fator principal da tomada de decisão.
Como escolher um imóvel para comprar: usar a razão ou a emoção?
Por mais racional ou emocional que você se considere, com certeza você já deve ter vivido o conflito de usar o coração ou de ser mais racional na hora de tomar uma importante decisão.
É natural ficarmos divididos. E na escolha de uma moradia não seria diferente.
Afinal, quando se trata de escolher uma casa, devo usar a razão ou a emoção?
A resposta é um pouco mais óbvia do que muita gente imagina: temos que usar esses dois recursos da nossa mente.
Se somos guiados apenas pela razão, acabamos deixando de escolher algo que realmente faça sentido para nós.
Por outro lado, se pensamos apenas com o coração, o risco de cometer loucuras ou entrar em dívidas que não podemos arcar é grande.
Por isso, separei dicas de como equilibrar a razão e a emoção para fazer uma escolha acertada - e sem arrependimentos - do seu novo lar.
Vamos entender onde a razão dá lugar a emoção e vice-versa, e quais são os cuidados que você deve ter para evitar problemas.
Tudo começa com o orçamento
Primeiro de tudo, é importante que você sempre analise as suas finanças.
O orçamento disponível representa o passo inicial e também o final, pois é ele quem vai garantir que você bata o martelo.
A compra de um imóvel envolve planejamento e economias, além de comprometimento financeiro a longo prazo.
Dessa forma, é fundamental definir o valor a ser gasto. No entanto, dentro do possível, também é necessário ser flexível com o seu orçamento.
Vamos supor que a casa ideal esteja um pouquinho acima do estipulado. Antes de dispensá-la, comece buscando entender quais fatores tornaram ela ideal.
Foram os atributos estruturais? A localização? Ou foi somente a decoração que chamou sua atenção?
Se for algo realmente importante como a estrutura e localização, vale a pena rever o planejamento financeiro e avaliar de que forma é possível investir um pouco mais que o esperado.
Afinal, isso vai ter um reflexo positivo a longo prazo.
Agora, se o que chamou sua atenção foi apenas decoração, talvez não valha realmente a pena se desdobrar e gastar mais, sendo que você pode melhorar a decoração da sua futura moradia dentro dos próximos anos sem precisar pesar no bolso.
No fim, o orçamento funciona como um mediador que estabelece um meio termo entre aquilo que você sempre quis (emoção) e aquilo que você pode ter (razão).
A escolha emocional não precisa e nem deve ser feita de forma impulsiva. A ideia é que você pense nas coisas que são importantes e que vão te deixar feliz.
Compartilhando qualidade de vida
Você se considera uma pessoa mais independente ou aquela que prefere compartilhar todos os momentos possíveis com a família?
Recebe amigos uma vez ou outra no mês ou toda semana sua casa é a localização de reuniões entre as pessoas mais próximas?
A verdade é que o formato das famílias, assim como as relações interpessoais, se transformaram completamente nas últimas décadas.
Enquanto muitas pessoas preferem ter na individualidade a possibilidade de compartilhar a rotina com amigos e colegas de trabalho, outras fazem questão de receber toda a família sempre que possível.
Pensando na disposição de espaço, você pode até considerar que receber a família uma vez por semana não é muito. Mas imagine essa rotina por anos!
Mesmo que espaços amplos permaneçam um pouco mais ociosos durante a semana, sabemos por experiência como o almoço de domingo, por exemplo, é carregado de significados.
Ter uma área que acomoda toda a família é um fator que, a longo prazo, pode trazer muita felicidade. Mesmo que pareça um fator emocional, investir num espaço maior pode estar diretamente ligado a qualidade de vida.
Enquanto isso, uma área um pouco menor é mais do que suficiente se você é do time de poucos amigos.
Apesar de parecer uma decisão racional investir em um espaço amplo porque alguém sugeriu ser a melhor decisão, essa escolha pode não ser a melhor para você.
Por isso, o conceito de morar bem deve levar em consideração a composição familiar e a proximidade com as pessoas que são importantes na nossa vida.
A localização que eu quero e a que eu preciso
Com isto, chegamos ao momento de avaliar a rotina.
Nessa hora é necessário considerar as distâncias diversas e suas implicações para todos os moradores da casa.
A ideia de morar em uma casa em região verde, distante da cidade, é atrativa para muitas pessoas. Mas não é uma possibilidade para todas as famílias.
A distância pode não ser problema para um casal jovem que sai de casa cedo e retorna somente no fim do dia.
Além dos fatores estruturais que causam conforto dentro de casa, eles precisam contar com a mobilidade e acesso as vias que facilitam o deslocamento - e isso já é capaz de otimizar muito o dia a dia, possibilitando que eles morem em uma localidade mais afastada.
Por outro lado, a rotina de uma família com crianças que vão a escola, almoçam em casa e realizam atividades esportivas nas horas vagas pode virar uma grande dor de cabeça e se transformar em custos expressivos de deslocamento se a família optar por se distanciar de pontos estratégicos.
Por mais empolgante que possa ser a ideia de criar os filhos numa área distante, há diversos empreendimentos que contemplam área verde, em bairros mais familiares e vizinhos ao centro, mas que possibilitam ir a pé ou se deslocar em poucos minutos até o supermercado, farmácia, escola, etc.
Dessa forma, como é possível unir o que você quer com o que você precisa? Comece avaliando com toda a família!
Enfim, o que é morar bem?
Deu pra entender bem que a ideia do que é morar bem é muito particular, não é mesmo?
Cada família ou indivíduo vai ter uma concepção diferente sobre isso, mas esse conceito deve ser o mais importante critério na hora de escolher um novo lar.
Morar bem, acima de tudo, é suprir as dores e necessidades da sua família. Nem sempre será possível realizar todos os desejos, mas abrir mão de um outro detalhe a fim de equilibrar as expectativas com as possibilidades.
Por isso, contar com o apoio de profissionais capacitados, que consigam transmitir e materializar todas as suas necessidades em um empreendimento faz toda diferença para que você receba suporte, orientação e se sinta seguro.
Elaborei esse conteúdo a partir das principais dúvidas na hora de tomar uma decisão. Imaginar cenários de maneira lúdica é um jeito prático de visualizar sua família naquele contexto, tornando muito mais fácil ver se aquilo realmente funciona para vocês.
Espero que esse conteúdo tenha sido esclarecedor!