Tá aí uma pergunta que uma hora ou outra da vida, todas as pessoas vão se fazer. Não importa a idade, o motivo de estar saindo de casa e se vai ser sozinho ou acompanhado.

Entender quanto custa morar sozinho é uma necessidade básica para quem deseja avançar nesta etapa da vida.

E eis uma coisa muito importante: se você chegou até aqui, saiba que você já deu o primeiro passo em direção ao planejamento que vai possibilitar colocar esse plano em prática. Sim, pois o planejamento vai ser decisivo nessa hora.

Rumo a independência, a um espaço para chamar de seu e a alguns perrengues que fazem parte do caminho, vamos juntos entender quanto custa morar sozinho e todos os detalhes que você precisa saber para manter as contas de casa em dia.

Afinal, quanto custa morar sozinho?

Quando estamos sob a tutela dos pais ou da família, os custos de vida relativos a aluguel, luz, água, gás, costumam passar despercebidos. 

Também é normal não ter muita noção sobre o custo total para se alimentar, afinal, normalmente você comprava apenas comida fora, delivery ou aquelas guloseimas aos fins de semana, não é?

Então aqui vai um bom motivo para se organizar: segundo o SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) e a CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas), morar sozinho foi o motivo que contribuiu para o endividamento de 34% dos entrevistados de um levantamento realizado pelas instituições.

Mas não precisa ficar assustado: segundo o IBGE, o número de pessoas que vivem sozinhas passou de 10,4% para 14,6% no último censo. 

Ou seja, o número de pessoas que estão mudando para morar sozinhas está aumentando, seja porque elas desejam mais autonomia ou porque é o ciclo natural da vida.

Da mesma maneira, é crescente o número de pessoas que vão morar sozinha e optam por transformar o aluguel em um financiamento da casa própria

Dito isso, começar a se organizar é primordial para manter tudo sob controle. E o primeiro passo para saber quanto custa morar sozinho é criar um planejamento. 

E não precisa de nada muito elaborado. O importante é anotar em um local que você possa visualizar, somar e fazer anotações se necessário.

Em seguida, vamos a próxima etapa: some as contas mais importantes da casa.

Mas pera aí: quais são as contas mais importantes?

De acordo com as principais orientações sobre economia doméstica, dividimos as contas em 3 níveis que compõe o planejamento básico para se organizar:

Despesas fixas

As despesas fixas são os custos com aluguel ou financiamento, IPTU e condomínio. São as despesas que devem ser priorizadas no pagamento das contas.

São gastos que impactam bastante no orçamento, sendo que alguns especialistas recomendam que esses gastos não comprometam mais que 30% da renda mensal.

Porém, há algumas ressalvas que merecem ser consideradas. 

Por exemplo, pagar um pouco a mais para morar em um imóvel localizado próximo ao trabalho ou a faculdade pode causar redução dos custos com transporte e ainda trazer mais qualidade de vida.

Além do mais, se você comprometer um pouco mais do que 30% da renda mensal por conta de um financiamento, também significa que você está investindo dinheiro em algo que é seu.

Então vale a pena considerar todas essas implicações da rotina e da parte financeira antes de limitar demais as decisões.

Despesas variáveis

Você deve estar se perguntando por que as contas como água, luz, gás e alimentação são variáveis se você sempre vai ter esse compromisso. Então vamos lá:

Ao contrário do financiamento que é pré-determinado e do aluguel que é fixo, as contas variáveis são influenciadas pelo seu consumo.

A conta de luz, por exemplo, pode variar de acordo com o uso do ar-condicionado, se você deixa luzes acesa à toa, se você possui aparelhos eletrônicos que ficam no modo stand-by consumindo energia mesmo quando estão desligados, etc.

E a conta de água funciona da mesma maneira.

Sendo que você consegue fazer controles básicos para reduzir essas contas. Por isso, elas são variáveis.

Mas como vou saber o custo das despesas variáveis?

Normalmente, a soma das contas dos últimos doze meses dividido por doze é utilizada como base para calcular o custo mensal da luz e água, mas como você está fazendo isso pela primeira vez, considere a média de consumo por pessoa no seu estado.

Sendo que os valores podem variar entre R$ 80 e R$ 120.

No caso dos locais em que a água ou gás são incluídos no condomínio, vale a pena conversar com o síndico do local para onde você vai mudar para saber a média geral dividida entre os moradores.

E claro, não esquecemos a alimentação!

Estima-se que o custo da alimentação básica para uma pessoa que mora sozinha é entre R$ 300 e R$ 400, considerando o preparo das refeições em casa. E este é um fator importante a se avaliar.

Enquanto para algumas pessoas vai fazer mais sentido preparar as refeições diárias como o almoço em casa, para outras, compensa fechar um plano de marmitas mensal com algum restaurante. 

Nesse caso, é necessário considerar cerca de R$ 350 somente para as marmitas + o valor dos itens para se alimentar à noite e aos fins de semana.

Além do mais, na alimentação básica não estão os itens como bebidas alcóolicas, pizza, lanches, entre outras coisas que acrescentam bastante no orçamento.

Nós vamos falar disso no próximo tópico.

Dica: ao morar sozinho pela primeira vez, é normal que o seu padrão de vida fique um pouco diferente daquele que você teve nos últimos anos, mas a tendência é que as coisas se normalizem nos próximos meses e anos. Então encare da melhor maneira e não se abale! ;)

Lazer

Tão importante quanto planejar os custos com despesas fixas e variáveis é planejar os custos com lazer. Isso mesmo, você deve destinar valores mensais para atividades de lazer, para pedir comida fora, comprar um vinho ou cerveja, ir ao cinema, etc, pois elas são fundamentais na qualidade de vida.

Além disso, quando você não reserva um valor para o lazer, você acaba ficando sem referência do quanto pode gastar, tornando mais fácil se perder nas finanças.

Existem alguns especialistas que sugerem o método 50-15-35. Ele pode ser bastante útil, mas não serve para todas as pessoas, ok?

Vamos explicar como funciona: 

O método sugere que você utilize 50% da sua renda para o gastos essenciais, sendo eles aluguel, iptu, água, luz, mensalidade da faculdade, transporte, etc,

15% devem ser destinados a prioridades financeiras, como dívidas. Se você não possuir dívidas, melhor ainda, pois você deve guardar, investir e/ou criar uma reserva de segurança.

Os 35% restantes seriam destinados para seu estilo de vida, como academia, restaurantes, atividades extras e hobbies.

No entanto, este método pode não ser adequado para todas as pessoas. Dependendo da dívida, será que realmente faz sentido destinar somente 15% para quitá-la, sendo que outros 35% estão sendo gastos com pequenos luxos?

Vale a pena avaliar se este método faz sentido no seu planejamento financeiro antes de decidir utilizá-lo ou não.

Os cuidados básicos para morar sozinho

Considerar todas essas informações é suficiente para saber qual o custo de morar sozinho, sendo necessário levar a localização sempre em conta, pois é um dos principais fatores que influenciam no custo de vida.

Às vezes, os custos para investir um imóvel próprio, substituir o aluguel pelo financiamento ou ainda escolher um imóvel alugado próximo ao trabalho traz um nível de qualidade de vida que não seria alcançado num imóvel mais barato e com uma localização ruim para sua rotina.

Para evitar surpresas e seguir o planejamento, consumir de maneira consciente, tomar cuidados básicos e evitar os desperdícios vai ser fundamental nessa nova etapa!

Aproveite este momento de mudança!

Estamos à disposição para mostrar as opções de moradia disponíveis para você.

Postado 
4/3/21
 em 
Morar bem

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